Texto originalmente publicado em 20 de agosto de 2016
O vandalismo de Fernando Holiday durante a cerimônia em homenagem a Fidel Castro na Câmara Municipal é um retrato nojento e oportunista daquilo que está na moda na política: a antipolítica.
Não sejamos ingênuos. Estamos em época de eleição: o ataque ao regime democrático perpetrado pelo MBL – Movimento Brasil Livre atende a um cálculo de votos da campanha de Holiday, candidato a Vereador pelo Democratas, maior aposta do movimento nas eleições de 2016.
— Ah, os novos atores que vieram para arejar o debate político com suas novas práticas! —
Porém, não é a primeira vez que o MBL ergue a bandeira do antiparlamentarismo, tão caro ao petismo de base. Há cerca de 2 meses, o mesmo Holiday subiu à Tribuna da Câmara durante uma Audiência Pública para – literalmente – chamar de “bandidos” 3 Vereadores. Parlamentares eleitos. Democraticamente eleitos. Cada um com, no mínimo, 25 mil votos.
— Violência para Ciro Gomes nenhum botar defeito.–
A atitude do ativista do MBL é a imitação perfeita do protofascismo que atinge a esquerda, e que os meninos do MBL tanto se esforçam para criticar em sua página de Facebook, sempre em busca de “likes” – que eles insistem em encarar como sinônimo de “votos”.
Não há eufemismo para o oportunismo do candidato do DEM: autoritário, arrogante, fascista, violento. Uma vergonha para qualquer pessoa ou instituição que tenha o mínimo de identificação com uma agenda liberal.
— O Brasil é mesmo um país estranho. Aqui, governo de esquerda destrói indústria e movimento liberal combate a liberdade de expressão! —
Do alto do seu luxuoso leito de hospital em Havana, Fidel Castro, o mais longevo ditador de todos os tempos sorri com admiração para o MBL.
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